Testemunho de Pedro Martins de Castro

  • 31/10/2023

Sou pastor Pedro Martins de Castro. Nascido em 19 de outubro de 1954 , no Distrito de Ibiací no munícipio de Sertanópolis, em uma fazenda onde meu pai trabalhava como lavrador. Mas, assim que nasci alguns meses depois fomos morar em Londrina. Meus pais não tinha formação acadêmica. Sou o sexto filho de dez. Assim cresci num lar humilde. Com nove anos fui verder frutas, doces, salgados em um carrinho de mão com rodas de bicicletas.

Em fins de 1964 meu pai atendendo o chamado do Senhor mudou-se para a cidade de Ibiporã, PR. Meu pai firme de sua vocação na obra; passamos muita luta para sobreviver. Minha mãe então passou a nos levar para panha de café, algodão etc… isto foi prejudicial a minha vida acadêmica. Quando não íamos ao serviço dos bóias-frias eu saia com caixa de engraxar sapatos e mais tarde como vendedor de sorvetes. Com doze e treze anos fui aprendiz de mecânica e de borracheiro.

Mas meu pai como evangelista, sempre nos levava a buscar em vigílias, cultos de orações etc… nessa ocasiões o Espírito Santo agia em meu coração. Fui batizado em 31 de Dezembro de 1966 no templo em Londrina, Paraná. Meu pai sempre chamava pregadores para pregar em nossa igreja em Ibiporã e sempre entregavam o recado de Deus, que o Senhor me queria na obra. Minha resposta sempre foi; porque Ele não vem falar comigo. Esta resposta foi pelas dificuldades financeira. Porque eu ia para a escola com fome e frio a ponto de chorar de fome e uma professora dona Odaléia comprava um lanche. Mas, com tudo isto o Espírito Santo transbordava em minha vida. Inúmeras vezes eu sentia o Espírito Santo agindo fortemente em meu ser mas eu não sabia o que era.

Com quatorze anos meu pai me levou para trabalhar numa padaria (São José) me acolheram muito bem e era os membros da família que trabalhava na produção e entrega. Meu horário de trabalho era das 01:00 horas às 12 horas e retornava as 15: 30 horas para produção de pães e roscas. E fazer entregas. Parava as 18:30 horas e as 19 horas fui fazer um curso de admissão (espécie de um vestibular na época, requisito para o primeiro ano do ginásio) não consegui por causa do trabalho. Se perdesse esse emprego… ai de mim. Porque dele dependia para ajudar nas despesas de casa. Fiquei conhecido entre os padeiros de Londrina como excelente auxiliar em panificadora. Uma panificadora me ofertou o dobro do salário para trabalhar somente 5 horas horas no período da noite. Passados alguns meses novamente uma outra me ofereceu o dobro da segunda. Eu com dezoito anos ganhava quase tres salários e pensei porque vou pensar estudar?

Passei por varias empresas grandes até que o Senhor me chama em definitivo para a sua obra. Despedindo de amigos e ex patrões e dizendo que estava decidido a ir para o STBI CAMPINAS. Houve um que disse que bom que vc apareceu aqui. Eu e a esposa pensamos em vender a panificadora a você. Sabe Pedro eu formei meus tres filhos todos daqui , eles não precisam e querem continuar eu e a esposa estanos aposentados e pensamos em vender. No momento eu tinha condições. Mas a resposta era; se não fosse o chamado do Senhor para a sua obra não seria problema, vim apenas para despedir.

Meus pais veio chorando, mesmo sendo obreiro de missões, disseram;”não vá meu filho, voce ja prega e me ajuda na obra de Deus e como nos ficaremos a prebenda da convenção não é suficiente e as almas estão indo para o inferno” Respodi vai para o inferno. Mas eu sinto que devo me preparar melhor. Meu pai obreiro de missões chorou. Meus irmãos não havia conseguido empregos, e assim fui ao seminário. Num feriado voltei a Uberlândia a notícia foi das melhores , meus irmãos todos estavam empregados e até um deles que era mudo e surdo se empregou.

Minha vida como seminarista não foi fácil, tres vezes por semana tive que sair no fim das aulas para fazer bico em panificadora, tres noites por semana e casei no mes de Julho com a Nilza e estamos já casados há 43 anos temos tres filhas e quatro netos.

Formei em 1980, assumimos uma igreja no norte de Goiás, hoje Estado Do Tocantins na cidade de Tocantínia, foi uma experiência que marcou muito meu ministério. Cidade em torno de hum mil e quinhentos habitantes maioria índios. Peguei uma igreja sem doutrina, onde o pecado estava á solta e com jejuns e orações, Deus começou libertar os irmãos. Quando satanás se manifestava dava saltos mortais e eram libertos. Tive doença que não tive antes, minha filhas mais velha ficou de médico em médico hospitais em hospitais. A igreja tinha 30 membros excluí 22 e ganhei 44 novos irmãos após as exclusões.

Voltei a Uberlândia quatro anos depois, fui criticado por alguns auxiliares do pastor daquele momento. Certa noite em um culto de estudos da palavra de Deus, Deus usou o pastor José Couto confirmou minha vocação ministérial. Passados dois meses recebi o convite da SM da CIBI para assumir Uberaba. Mas eu fiquei em dúvida porque neu querido pai ja havia iniciado e eu precisava de confirmação de Deus. Pastor Pedro Adão veio resolver alguma pendência e foi o pregador e usou o texto de Apocalipse e leu sobre as pedras preciosas e teceu comentários e no final Deus tomou ele em mistério e apontou o dedo em riste em minha direção e Deus falou; ” É com você meu servo” e trouxe a memória de quando o Espírito Santo transborva em mim ainda quando criança com o caderno debaixo do braço e finalizou o campo é teu está em tuas mãos, porque por eu te preparei para estar lá, para arrancar as almas atracadas por satanás.

Passei em dois conursos públicos.  Formei no CURSO SUPERIOR TECNOLOGIA DE ALIMENTOS. Aposentei como padeiro. Hoje sou segundo vice presidente da CIBIMINAS, vice presidente do CONPEU (Conselho de Pastores de Uberaba).Pastor Presidente da PIBIURA.

Autor: Elton Melo