Como os pastores podem ensinar a Igreja a ser fiel nos Dízimos e Ofertas

  • 14/05/2024

Introdução

Amados irmãos e irmãs, é com humildade e reverência que nos aproximamos deste momento tão importante em nosso culto, onde discutiremos o ensino correto sobre os dízimos e as ofertas na vida do cristão. É crucial que compreendamos o que a Palavra de Deus nos ensina sobre esse assunto e como devemos aplicá-lo em nossas vidas de maneira fiel e coerente com os princípios do Reino de Deus.

Primeiramente, é vital que entendamos que o dízimo e as ofertas não são meramente uma questão de obrigação legalista, mas uma expressão prática de nossa adoração e gratidão a Deus. Como lemos em Malaquias 3.10, o Senhor nos desafia a trazer os dízimos para a casa de Deus, para que haja provisão em sua casa (a Igreja), e nos promete abrir as janelas dos céus e derramar bênçãos sem medida sobre nós. Este é um princípio de fidelidade e confiança na provisão divina.

No entanto, o pastor deve evitar qualquer ensino que manipule ou pressione os membros da igreja a darem além do que podem ou de maneira relutante. Em 2Coríntios 9.7, somos instruídos a dar de coração, não por obrigação ou constrangimento, pois Deus ama quem dá com alegria. Portanto, é importante que o pastor enfatize a importância de uma atitude generosa e alegre ao contribuir para a obra do Senhor.

Além disso, o pastor deve evitar qualquer forma de favorecimento ou preferência em relação àqueles que contribuem mais financeiramente. Em Tiago 2.1-4, somos advertidos contra a parcialidade e a discriminação na igreja. Portanto, é fundamental que o pastor promova uma cultura de igualdade e dignidade entre todos os membros, independentemente de sua situação financeira.

O pastor deve também encorajar os fiéis a priorizarem a adoração e a obediência a Deus em suas vidas, em vez de focarem apenas em bênçãos materiais em troca de seus dízimos e ofertas.

Jesus ensinou em Mateus 6.33 que devemos buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, confiando que todas as demais coisas nos serão acrescentadas. Portanto, o pastor deve incentivar uma visão centrada em Deus e não em benefícios pessoais.

Por fim, o pastor deve sempre demonstrar transparência e responsabilidade na administração dos recursos financeiros da igreja. Em 1Coríntios 4.2, somos exortados a sermos fiéis administradores dos mistérios de Deus. Isso significa que devemos prestar contas diante de Deus e dos membros da igreja sobre como os recursos são utilizados para promover a obra do Evangelho e o bem-estar da comunidade.

Que cada um de nós possa ser guiado pelo Espírito Santo em nosso entendimento e prática em relação ao dízimo e às ofertas, buscando sempre honrar a Deus em todas as nossas ações e decisões. Que este ensinamento seja recebido com corações abertos e disposição para obedecer à vontade do Senhor em tudo. Em nome de Jesus, amém.

10 coisas que o pastor deve enfatizar na hora de ministrar os dízimos e as ofertas:

  1. Enfatizar a importância do dízimo como um ato de obediência e gratidão a Deus, baseado nos princípios bíblicos de Malaquias 3.10 e Lucas 6.38.
  2. Explicar que as ofertas são uma oportunidade de contribuir para a obra do Senhor e ajudar na expansão do Reino de Deus, conforme 2 Coríntios 9.7.
  3. Encorajar uma atitude de generosidade e alegria ao contribuir, como ensinado em 2 Coríntios 9.6.
  4. Salientar a promessa de bênçãos divinas sobre aqueles que são fiéis em trazer os dízimos e ofertas, de acordo com Malaquias 3.10.
  5. Destacar a importância da administração responsável dos recursos da igreja e a prestação de contas diante de Deus e dos membros da congregação, conforme 1 Coríntios 4.2.
  6. Lembretes sobre a prioridade de buscar o Reino de Deus em primeiro lugar, conforme Mateus 6.33, e confiar que Ele suprirá todas as nossas necessidades.
  7. Incentivar uma reflexão sobre como os recursos financeiros podem ser usados para promover a obra do Evangelho e o bem-estar da comunidade local.
  8. Fazer apelos para que os membros da igreja sejam fieis na contribuição regular de seus dízimos e ofertas, conforme 1 Coríntios 16.2.
  9. Compartilhar testemunhos de como Deus tem abençoado aqueles que são fiéis em suas contribuições para a obra do Senhor.
  10. Orar para que Deus continue a abençoar a igreja e a guiar seus membros na administração sábia de seus recursos financeiros.

10 coisas que o pastor não deve fazer na hora de ministrar os dízimos e as ofertas:

  1. Não pressionar ou manipular os membros da igreja a contribuir além de suas possibilidades financeiras.
  2. Não usar táticas de culpa ou medo para motivar as pessoas a darem seus dízimos e ofertas.
  3. Não favorecer ou dar tratamento especial àqueles que contribuem mais financeiramente.
  4. Não fazer promessas de bênçãos materiais em troca de contribuições financeiras.
  5. Não usar os recursos da igreja para benefício pessoal ou de uma minoria privilegiada.
  6. Não negligenciar a transparência e a prestação de contas na administração dos recursos da igreja.
  7. Não desvalorizar as contribuições financeiras menores, reconhecendo que cada oferta é valiosa aos olhos de Deus.
  8. Não subestimar o impacto espiritual e missionário das ofertas para a obra do Senhor.
  9. Não permitir que a ênfase nos dízimos e ofertas distraia da pregação do Evangelho e do ensino da Palavra de Deus.
  10. Não esquecer de enfatizar que a contribuição financeira é apenas uma parte da vida cristã e que a verdadeira adoração envolve todo o nosso ser.

Como o pastor pode ministrar as ofertas?

Para alguns pastores, o momento das ofertas no culto parece ser o mais complicado. Tanto que muitos “tercerizam” este privilégio para algum membro da Igreja. No entanto, se bem preparado, este momento pode ser bem usado, dentro da programação geral de um culto, e assim se tornar um momento de estímulo da fé e também para glorificar a Deus pelas bênçãos alcançadaas.. Assim, o pastor pode adotar várias estratégias eficazes:
  1. Compartilhar visões inspiradoras: Em vez de apenas relatar problemas, o pastor pode apresentar visões inspiradoras do que pode ser realizado através das contribuições da congregação. Pintar um quadro vívido do impacto positivo que os projetos podem ter na comunidade local e além pode motivar as pessoas a se engajarem mais ativamente.
  2. Apresentar metas claras e alcançáveis: Definir metas específicas e realistas para os projetos e compartilhá-las com a congregação pode fornecer um senso tangível de direção e propósito. As pessoas tendem a responder melhor quando têm um objetivo claro a alcançar.
  3. Comunicar benefícios tangíveis: Destacar os benefícios tangíveis que os projetos trarão não apenas para a igreja, mas também para a comunidade e para a missão do Reino de Deus pode despertar o interesse e o entusiasmo dos membros da congregação.
  4. Envolver a congregação: Criar oportunidades para que os membros da igreja se envolvam ativamente nos projetos, contribuindo com suas habilidades, tempo e recursos, pode aumentar o senso de propriedade e comprometimento com as iniciativas da igreja.
  5. Compartilhar histórias de sucesso: Compartilhar histórias de sucesso de projetos anteriores pode inspirar confiança na capacidade da igreja de realizar impacto significativo. Isso também pode motivar as pessoas a se envolverem mais ativamente nos esforços futuros.

Quanto à preferência das pessoas por desafios e promessas em vez de medo, isso pode ser atribuído a uma série de fatores psicológicos e emocionais. Desafios e promessas são mais motivadores porque apelam para a esperança, a aspiração e o desejo de crescimento e realização. Por outro lado, o medo pode levar à paralisia e à inação, enquanto desafios e promessas oferecem uma visão positiva do futuro e incentivam as pessoas a agir de forma proativa para alcançar objetivos e superar obstáculos.

Além disso, as pessoas tendem a responder melhor quando se sentem desafiadas e capacitadas a fazer a diferença, em vez de serem motivadas pelo medo ou pela ameaça de consequências negativas. Portanto, os pastores podem aproveitar esses princípios ao ministrar e promover projetos e iniciativas na igreja, inspirando e capacitando os membros da congregação a se envolverem de forma significativa e construtiva.

Pastor, seja um provocador de milagres na vida da membresia

É importante ressaltar que a prática pastoral deve buscar a manifestação do poder de Deus para os milagres na área financeira dos membros da igreja e deve estar alinhada com os princípios bíblicos e a vontade de Deus. Aqui estão algumas orientações sobre como um pastor pode agir para que o poder sobrenatural se manifeste na vida dos crentes:

  1. Ensinando a fé bíblica: O pastor deve ensinar e fortalecer a fé dos membros da igreja na provisão divina de acordo com as Escrituras. Isso inclui enfatizar promessas como a de Filipenses 4.19, que declara que Deus suprirá todas as nossas necessidades de acordo com suas riquezas em glória em Cristo Jesus.
  2. Orando e buscando a direção de Deus: O pastor deve orar fervorosamente pela provisão financeira dos membros da igreja, buscando a direção e o poder do Espírito Santo para interceder em favor deles.
  3. Encorajando a fidelidade nos dízimos e ofertas: O pastor deve ensinar sobre a importância da fidelidade nos dízimos e ofertas, conforme ensinado em Malaquias 3.10, e incentivar os membros da igreja a serem fiéis nessa área.
  4. Oferecendo suporte e orientação prática: Além de orar e ensinar, o pastor pode oferecer suporte prático aos membros da igreja que enfrentam dificuldades financeiras, fornecendo orientação sábia e recursos que possam ajudá-los a administrar melhor suas finanças.
  5. Cultivando um ambiente de fé e expectativa: O pastor pode cultivar um ambiente de fé e expectativa na igreja, onde os membros são encorajados a confiar em Deus para suprir todas as suas necessidades e acreditar que Ele é capaz de realizar milagres financeiros em suas vidas.

É importante ressaltar que os milagres financeiros não devem ser vistos como uma garantia automática ou uma manipulação emocional, mas como um ato da graça e do poder de Deus em resposta à fé e à confiança dos crentes. O pastor deve agir com humildade, sabedoria e submissão à vontade de Deus, confiando que Ele é soberano em todas as coisas e que Seu plano é sempre o melhor para Seus filhos.

Como confrontar um membro rebelde?

Mesmo depois de ensinar, pode ser que um membro da Igreja, não responda a contento, e talvez seja uma pessoa que desincentiva os demais membros a contribuir, isto é, sendo rebelde, o que o pastor deve fazer? Como e de que maneira o pastor deve confrontar este membro?

Quando um membro da igreja não responde adequadamente ao ensino bíblico e demonstra rebeldia em relação às orientações pastorais, o pastor pode enfrentar uma situação delicada que exige discernimento e sabedoria. Aqui estão algumas maneiras pelas quais o pastor pode confrontar esse membro:

  1. Abordagem amorosa: O pastor deve abordar o membro com amor e compaixão, buscando entender suas preocupações e motivações por trás de sua rebeldia. Isso pode envolver uma conversa particular e confidencial para ouvir suas perspectivas e oferecer apoio espiritual.
  2. Aplicação da disciplina bíblica: Se a rebeldia do membro persistir e violar claramente os princípios bíblicos e as diretrizes da igreja, o pastor pode precisar aplicar a disciplina conforme orientado em Mateus 18.15-17 e 1Coríntios 5. Isso pode incluir confrontos mais formais e envolver outros líderes da igreja, conforme apropriado.
  3. Redirecionamento para o arrependimento: O pastor deve enfatizar a importância do arrependimento e da restauração na vida do membro rebelde, convidando-o a voltar ao caminho da obediência e submissão a Deus e à autoridade espiritual.
  4. Oração e intercessão: O pastor deve dedicar tempo significativo à oração e intercessão pelo membro rebelde, buscando a orientação e a intervenção do Espírito Santo em sua vida. Isso pode incluir orações públicas durante os cultos da igreja e períodos de intercessão privada.
  5. Aconselhamento e acompanhamento pastoral: O pastor pode oferecer aconselhamento pastoral contínuo ao membro rebelde, fornecendo apoio espiritual, orientação e encorajamento enquanto ele navega pelas questões que o levaram à rebeldia.

É crucial que o pastor aborde a situação com humildade, graça e firmeza, mantendo o equilíbrio entre a verdade bíblica e a compaixão pastoral. O objetivo final é buscar a restauração e a reconciliação do membro rebelde com Deus e com a comunidade da igreja, para que ele possa crescer espiritualmente e experimentar a plenitude da vida em Cristo.

Conclusão

Caros irmãos e irmãs, ao refletirmos sobre o ensino bíblico relacionado ao dízimo e à oferta, somos lembrados da importância de sermos atuantes, fiéis e demonstrarmos amor à obra de Deus em nossas vidas. Como membros desta família espiritual, temos o privilégio e a responsabilidade de contribuir para o avanço do Reino de Deus através de nossos recursos financeiros.

Que possamos responder ao chamado do Senhor com generosidade e alegria, reconhecendo que tudo o que temos vem Dele e que Ele nos convida a sermos bons administradores de Seus dons. Que possamos ser atuantes na obra do Senhor, investindo tempo, talento e recursos na expansão do Evangelho e no cuidado com os necessitados.

Que a fidelidade nos dízimos e ofertas seja uma expressão tangível de nosso amor e devoção a Deus, demonstrando nossa confiança em Sua provisão e nossa gratidão por Seu amor incondicional. Que possamos ser fiéis administradores dos recursos que Ele nos confiou, buscando sempre honrá-Lo em todas as áreas de nossas vidas.

Que o amor pela obra de Deus nos motive a sermos diligentes e perseverantes em nossa contribuição, sabendo que cada oferta é um investimento no Reino eterno que trará frutos para a glória de Deus. Que possamos ser instrumentos de bênção e transformação em nosso meio, refletindo o amor e a generosidade de nosso Pai celestial.

Que esta conclusão nos desafie e inspire a sermos membros ativos, fiéis e amorosos na obra de Deus, dando de coração e contribuindo para o crescimento e a expansão de Seu Reino aqui na terra. Que possamos fazer tudo isso para a glória de Deus e o bem de Seu povo. Amém.

Quem é o pastor Elton Melo


elton-posse-rostoElton Melo é pastor titular da Primeira Igreja Batista Independente de Curitiba. Produz vários estudos e artigos teológicos e motivacionais, que estão disponíveis no site www.alcancevitoria.com e tem vários livros escritos. É presidente da ASEC – Associação de Editores Cristãos.

Convide Elton Melo para uma conferência de final de semana na sua Igreja, Associação, Empresa ou ainda para celebrar seu casamento ou renovação de votos. Ele ministra tanto assuntos espirituais cristãos quanto assuntos da vida moderna para família, casamento, paternidade, fé & prosperidade, desenvolvimento pessoal e palestras motivacionais.

Entre em contato pelo email: palestranteltonmelo@gmail.com ou whatsapp +55 41 99890-9040 – Veja a agenda do palestrante Elton Melo.

Autor: Elton Melo