Condições para o envio missionário

  • 17/11/2024

Introdução

A primeira campanha missionária registrada em Atos 13 nos ensina como a igreja deve se envolver no envio de missionários. Barnabé e Saulo, enviados pela igreja em Antioquia, deixam um exemplo claro de como seguir a direção do Espírito Santo para cumprir a obra missionária. Vamos refletir sobre as lições fundamentais para o envio correto de missionários e sobre o combate espiritual presente na obra missionária.


1. Sirva na Igreja local antes de ser enviado (v. 2)

“Servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me agora Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado.”

  • A igreja em Antioquia tinha líderes dedicados que serviam ao Senhor e jejuavam. O serviço e o jejum fortalecem espiritualmente e alinham o coração à vontade de Deus.
  • O campo missionário é terreno de batalha espiritual e exige pessoas com comunhão profunda com Deus.
  • Aplicação: Antes de enviar, a igreja deve incentivar os missionários a servir com dedicação e buscar a direção divina por meio do jejum e da oração.

2. Deus tem um chamado especial para cada um de nós (v. 3)

“Então, jejuando, e orando, e impondo sobre eles as mãos, os despediram.”

  • O chamado missionário inclui pregar as boas novas, libertar pessoas do poder de satanás, convidar o Espírito Santo a capacitar vidas e plantar novas igrejas.
  • Cada cristão tem uma vocação. Para alguns, Deus chama para a missão local; para outros, para os confins da terra.
  • O chamado vem de Deus e requer obediência. Barnabé e Saulo deixaram suas funções locais para obedecer ao plano divino.
  • Aplicação: A igreja deve ajudar cada membro a discernir seu chamado e incentivá-lo a cumprir seu papel no reino.

3. Receba a autoridade espiritual através da imposição de mãos (v. 3)

“E, jejuando e orando, impuseram sobre eles as mãos e os despediram.”

A imposição de mãos não é um ato simbólico, mas uma transferência de poder e autoridade espiritual. O envio de missionários deve incluir:

a) Oração e jejum:

  • A igreja precisa interceder e buscar direção de Deus antes de enviar missionários.

b) Sensibilidade à direção do Espírito Santo:

  • A igreja em Antioquia não tomou decisões humanas, mas ouviu o Espírito Santo.

c) Submissão dos missionários ao Espírito Santo:

  • Missionários precisam estar dispostos a abandonar planos pessoais para obedecer à vontade divina.

d) Alinhamento ao projeto do Espírito Santo:

  • A obra missionária não é aventura, mas obediência ao plano de Deus.

e) Poder delegado por meio da imposição de mãos:

  • A imposição de mãos confere respaldo espiritual para enfrentar as batalhas no campo.

f) A missão é uma obra arriscada:

  • Ir ao campo missionário exige coragem e compromisso. Não se trata de uma viagem de turismo, mas de enfrentar desafios e perigos.

4. A obra missionária enfrenta a oposição das trevas (vv. 4-12)

“Mas o mágico Elimas (porque assim se interpreta o seu nome) resistia-lhes, procurando apartar da fé o procônsul.” (Atos 13.8)

  • A missão não é apenas proclamar a Palavra; é também combater diretamente as forças espirituais das trevas.
  • No caso de Barnabé e Saulo, a oposição veio de Elimas, um falso profeta que buscava impedir o procônsul Sérgio Paulo de crer na mensagem do Evangelho.
  • O engano espiritual e os falsos profetas cegam as pessoas, desviando-as da verdade. Missionários precisam estar preparados para confrontar essas obras do inimigo.

a) A obra missionária liberta da cegueira espiritual:

  • Barnabé e Saulo, cheios do Espírito Santo, enfrentaram Elimas e, com autoridade divina, declararam juízo sobre ele.

b) A autoridade espiritual é fundamental:

  • O Espírito Santo capacitou Paulo para confrontar diretamente o engano, mostrando o poder superior de Deus.

c) A missão busca resgatar vidas do engano:

  • Após a demonstração do poder de Deus, o procônsul creu, impressionado com a Palavra e a obra divina.
  • Aplicação: A igreja precisa entender que enviar missionários é enviar soldados para uma batalha espiritual. O mundo está cheio de falsos ensinamentos e forças que resistem ao Evangelho, mas Deus capacita os Seus enviados com poder para vencer.

Conclusão

A primeira campanha missionária nos ensina que a obra de Deus exige preparo espiritual, submissão ao Espírito Santo e envio correto pela igreja local. Além disso, missionários devem estar prontos para combater as obras das trevas, libertando vidas do engano espiritual.

Apelo:
Que possamos nos dispor ao chamado de Deus, seja como enviados ou apoiadores, conscientes de que a missão é um combate direto contra o reino das trevas.

Encerramento:
Ore pedindo que Deus levante mais missionários comprometidos com a verdade e capacitados pelo Espírito Santo, e que a igreja local continue sensível ao envio e ao sustento da obra missionária.

Autor: Elton Melo