7 Promessas de Deus aos crentes obedientes

  • 15/11/2023

Infindáveis promessas

É com grande alegria que nos reunimos hoje para explorar as infindáveis promessas que Deus reserva para aqueles que O seguem com fidelidade. Em Deuteronômio 28.1-13, encontramos sete promessas divinas que não apenas inspiram confiança, mas também nos conduzem a uma profunda reflexão sobre o caráter amoroso e generoso do nosso Deus. Vamos, juntos, mergulhar nessas promessas que ecoam através das páginas da Escritura, alimentando a esperança dos corações fiéis.

1. Exaltação (Dt 28.1; 1Pe 5.6)

Em Deuteronômio 28.1, lemos: “Se ouvires atentamente a voz do Senhor, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que eu te ordeno hoje, o Senhor, teu Deus, te exaltará sobre todas as nações da terra.” (ARA) Esta promessa ressoa na epístola de Pedro, que nos exorta a nos humilharmos debaixo da poderosa mão de Deus, para que, no tempo certo, Ele nos exalte (1 Pedro 5.6).

A promessa está intrinsecamente ligada à obediência aos mandamentos divinos. Deus é claro ao afirmar que essa posição de destaque é o resultado direto da fidelidade e obediência ao Seu ensinamento. Isso ressalta a importância da relação entre a conduta do povo e as bênçãos divinas.

O sucesso nesta posição de liderança requer uma observação cuidadosa dos mandamentos de Deus. Isso vai além da obediência superficial; envolve uma atitude de coração, uma devoção constante e uma vida moldada pelos princípios divinos.

A exaltação divina não é resultado de busca egoísta, mas da busca diligente pela vontade do Senhor. (Pr. Elton Melo).

2. Abundância de Bênçãos  (Dt 28.2-5; Ef 1.3)

“2 Todas estas bênçãos virão sobre vocês e os acompanharão, se vocês obedecerem ao Senhor, ao seu Deus: 3 Vocês serão abençoados na cidade e serão abençoados no campo. 4 Os filhos do seu ventre serão abençoados, como também as colheitas da sua terra e os bezerros e os cordeiros dos seus rebanhos. 5 A sua cesta e a sua amassadeira serão abençoadas.”

Bênçãos na Cidade e no Campo (Dt 28.2): (Bençãos = Bêrakah). A promessa inicia-se com a amplitude da benção divina. Deus não restringe Suas bênçãos a um contexto específico; Ele cobre todas as esferas da nossa vida. Ao obedecermos ao Senhor, seremos abençoados tanto nas atividades urbanas quanto nas rurais. Essa amplitude ressalta que a presença de Deus não está confinada a ambientes específicos; Ele está conosco em todos os lugares, abençoando cada aspecto das nossas vidas.

Bênçãos nos Filhos e nas Colheitas (Dt 28.3-4): A promessa se desdobra para abençoar a prole e os frutos do trabalho. A descendência é um dom precioso de Deus, e aqui Ele promete abençoar os filhos do nosso ventre. Essa benção se estende além da esfera familiar, tocando as colheitas da terra e os animais do rebanho. Deus se importa com nossa vida familiar, e Sua bênção se estende àquilo que cultivamos e criamos. Essa promessa ressalta a integralidade da nossa existência sob a benevolência divina.

Bênçãos nos Meios de Sustento (Dt 28.5):  Os versículos finais desta passagem destacam algo aparentemente simples, mas profundamente significativo: a bênção nos meios de sustento diário. A cesta, que representa nossas provisões diárias, e a amassadeira, que simboliza nosso trabalho e esforço, são abençoadas por Deus. Ele não apenas nos abençoa em grandes áreas da vida, mas também se preocupa com os detalhes do nosso dia a dia. A bênção divina permeia cada aspecto da nossa existência, desde a provisão básica até as conquistas mais significativas.

Deuteronômio 28.2-5 pinta um quadro vívido de como Deus abençoa aqueles que andam em Seus caminhos. Essa promessa de bênçãos em abundância encontra eco nas palavras de Paulo em Efésios 1.3, onde somos lembrados de que fomos abençoados com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais. Deus nos proporciona bênçãos que transcendem o material, alcançando as profundezas da nossa comunhão com Ele.

3. Vitória sobre Inimigos (Dt 28.7; Ef 6.10,18)

“O SENHOR derrotará seus inimigos quando eles os atacarem. Eles virão contra vocês de uma direção, mas serão dispersados em sete direções.” (NVT)

Deuteronômio 1.7 na Nova Versão Internacional (NVI) afirma: “O Senhor, teu Deus, que vai adiante de ti, lutará por ti, conforme fez no Egito diante dos teus olhos, e no deserto. Lá vocês viram como o Senhor, teu Deus, os conduziu como um homem conduz seu filho, por todo o caminho que percorreram, até chegarem a este lugar.”

A promessa de vitória sobre os inimigos, conforme declarado em Deuteronômio 28.7, ecoa nas palavras de Paulo aos Efésios, exortando-os a se fortalecerem no Senhor e na força do Seu poder (Efésios 6.10). A armadura espiritual mencionada em Efésios 6.18 nos equipa para enfrentar as batalhas espirituais, confiantes na vitória que Deus nos assegura.

Deus protege Seu povo de diversas maneiras nas batalhas. Sua intervenção pode variar de acordo com Sua vontade soberana, mas Sua fidelidade em defender aqueles que O buscam permanece constante. Esses relatos bíblicos não apenas ilustram a proteção física, mas também apontam para uma proteção espiritual que transcende as circunstâncias terrenas.

4. Diversidade de Bênçãos (Dt 28.8; Gn 26.12,18)

A diversidade de bênçãos que Deus concede aos crentes fiéis é ilustrada em Deuteronômio 28.8, onde promete abençoar tudo o que colocarmos nossas mãos para fazer.  A promessa de Deus em Deuteronômio 28.8 revela Seu caráter como provedor fiel. Ele não apenas concede bênçãos, mas também se importa com os detalhes da vida cotidiana do Seu povo. Essa generosidade não está vinculada a méritos humanos, mas é um ato de graça, destacando a natureza incondicional do amor divino.

Para nós, que buscamos compreender e aplicar essa promessa hoje, é vital reconhecer que a fidelidade a Deus está diretamente ligada à Sua provisão. Isso não implica que não enfrentaremos desafios, mas a promessa é que, em meio aos desafios, a mão providencial de Deus estará conosco, abençoando nossos esforços e suprindo nossas necessidades.

Uma história que ilustra essa promessa é a vida de Isaque em Gênesis 26.12,18, mostrando como Deus o abençoou abundantemente em meio às dificuldades.

5. Testemunho Vivo (Dt 28.10; Sl 40.5)

A promessa de ser um testemunho vivo das bênçãos de Deus é ressaltada em Deuteronômio 28.10. O Salmo 40.5 nos convida a proclamar as maravilhas de Deus. Nossas vidas devem ser testemunhas vivas da graça e fidelidade divinas, inspirando outros a buscar a face do Senhor.

Em Deuteronômio 28.10, encontramos uma instrução divina que transcende as circunstâncias específicas do povo de Israel na época, alcançando-nos como princípio eterno. O versículo diz: “Então todos os povos da terra verão que o nome do Senhor é invocado sobre ti e terão medo de ti.”

Vamos examinar mais profundamente o significado dessa declaração:

A Invocação do Nome do Senhor:

Este versículo destaca a importância de invocar o nome do Senhor. Invocar o nome de Deus não é apenas uma expressão verbal, mas uma atitude de submissão, adoração e reconhecimento de Sua soberania. Quando o nome do Senhor é invocado, Sua presença e autoridade são reconhecidas.

Testemunho para os Povos: A instrução vai além da esfera pessoal; ela tem implicações globais. Quando o povo de Deus invoca Seu nome fielmente, torna-se um testemunho vivo para todas as nações. O modo como vivemos nossa fé tem o poder de impactar e influenciar aqueles ao nosso redor e, por extensão, nações inteiras.

Reverência e Temor: A consequência desse testemunho é que as pessoas de outras nações observarão e, em vez de indiferença, experimentarão um temor reverente diante do Deus a quem servimos. Esse temor não é baseado em opressão, mas na percepção da grandiosidade e santidade do Senhor, que é revelada através da vida daqueles que O

Este versículo reflete a missão de Deus para o Seu povo como luz para as nações (Isaías 49:6). A invocação do nome do Senhor não é um ato isolado, mas parte integrante da responsabilidade de ser um testemunho vivo da glória de Deus perante todos.

Para nós, como crentes, a aplicação prática de Deuteronômio 28.10 é um chamado para vivermos de tal maneira que a presença e a graça de Deus sejam evidentes em nossa vida diária. Nossas ações, palavras e atitudes devem refletir o caráter de Cristo, para que aqueles ao nosso redor sejam atraídos à reverência e ao temor diante do Senhor.

6. Abertura dos Tesouros Celestiais (Dt 28.12; Ml 3.10)

Deus nos promete abrir os tesouros do céu quando obedecemos e confiamos Nele (Deuteronômio 28.12). Em Malaquias 3.10, somos incentivados a trazer os dízimos ao Senhor, confiando em Sua fidelidade para suprir nossas necessidades. A abertura dos tesouros celestiais vai além da prosperidade material, alcançando as riquezas espirituais que vêm da comunhão com Deus.

Em Deuteronômio 28.12, encontramos outra promessa marcante que destaca a generosidade e a fidelidade de Deus para com Seu povo. Na Nova Versão Internacional (NVI), o versículo afirma:

“O Senhor abrirá os céus, o depósito do seu tesouro, para enviar chuva à sua terra no devido tempo e para abençoar todo o trabalho das suas mãos. Vocês emprestarão a muitas nações, mas de nenhuma tomarão emprestado.”

Vamos explorar as dimensões dessa promessa:

A Abertura dos Céus: A promessa começa com a imagem poderosa da abertura dos céus. Este simbolismo transcende a mera precipitação de chuva; representa a provisão divina derramada sobre o povo. A abertura dos céus sugere não apenas uma bênção material, mas também uma comunhão restaurada entre Deus e Seu povo.

Chuva no Tempo Certo: A promessa de chuva no devido tempo é crucial. Ela ressalta não apenas a quantidade, mas a precisão do cuidado divino. Deus promete suprir as necessidades no momento apropriado, revelando Sua sabedoria e soberania na provisão. Isso também destaca a dependência contínua do povo em Deus.

Bênçãos sobre o Trabalho das Mãos: A promessa não se limita à esfera agrícola, mas abrange “todo o trabalho das suas mãos”. Isso inclui os esforços em todas as áreas da vida, como trabalho, empreendimentos comerciais e projetos pessoais. Deus se compromete a abençoar e prosperar as atividades que refletem a dedicação e a fidelidade do Seu povo.

A Possibilidade de Emprestar e não Tomar Emprestado: A promessa conclui com a ideia de que, sob a bênção de Deus, Seu povo será capaz de emprestar a muitas nações, mas não precisará tomar emprestado. Isso não apenas fala de prosperidade material, mas também de uma posição de influência e autonomia. É uma manifestação da superioridade da bênção divina.

Deuteronômio 28.12 destaca a relação inseparável entre obediência e bênção divina. A promessa reflete a natureza generosa de Deus, Sua capacidade de suprir todas as necessidades e Sua disposição de abençoar além do que podemos imaginar.

A aplicação prática dessa promessa para os crentes modernos envolve confiar na fidelidade de Deus em todas as áreas da vida. Isso significa viver em obediência aos princípios bíblicos, confiar na provisão divina no tempo certo e usar as bênçãos recebidas para abençoar outros.

7. Ser Cabeça e não Cauda (Dt 28.13; Js 1)

A promessa de ser cabeça e não cauda, mencionada em Deuteronômio 28.13, encontra eco nas palavras dirigidas a Josué em Josué 1. Deus encoraja Josué a ser forte e corajoso, pois Ele estaria com ele em todos os momentos. Isso nos lembra que, como crentes, somos líderes estabelecidos pelo próprio Deus.

Em Deuteronômio 28.13, encontramos a culminação das promessas apresentadas anteriormente, destacando a posição elevada e a distinção especial que Deus reserva para o Seu povo. O versículo, na Nova Versão Internacional (NVI), declara:

“O Senhor te fará cabeça e não cauda; se obedeceres aos mandamentos do Senhor, teu Deus, que hoje te ordeno, observando-os cuidadosamente.”

Vamos explorar os elementos essenciais dessa promessa:

Ser Cabeça e Não Cauda: A metáfora de ser “cabeça e não cauda” representa uma posição de liderança e superioridade. Deus promete colocar Seu povo em uma posição destacada, à frente e não atrás. Essa promessa vai além do sucesso material; ela fala de influência, prestígio e uma posição de liderança abençoada.

Obediência aos Mandamentos: A promessa está intrinsecamente ligada à obediência aos mandamentos divinos. Deus é claro ao afirmar que essa posição de destaque é o resultado direto da fidelidade e obediência ao Seu ensinamento. Isso ressalta a importância da relação entre a conduta do povo e as bênçãos divinas.

Observar Cuidadosamente: O sucesso nesta posição de liderança requer uma observação cuidadosa dos mandamentos de Deus. Isso vai além da obediência superficial; envolve uma atitude de coração, uma devoção constante e uma vida moldada pelos princípios divinos.

Deuteronômio 28.13 reflete a promessa de Deus de não apenas abençoar, mas também elevar Seu povo a uma posição de destaque e liderança. Isso ressalta a ideia de que a obediência e a fidelidade ao Senhor não apenas trazem prosperidade individual, mas também têm um impacto mais amplo na comunidade e na sociedade.

Para os crentes, a aplicação prática dessa promessa envolve uma busca constante pela obediência a Deus em todas as áreas da vida. Isso inclui a dedicação aos princípios éticos e morais encontrados nas Escrituras, bem como a liderança com integridade em todas as esferas de influência.

Conclusão:

Queridos irmãos e irmãs, à medida que contemplamos essas promessas divinas, somos desafiados a confiar mais plenamente na fidelidade de Deus. Ele é o Deus que exalta, abençoa, concede vitória, proporciona diversidade de bens, faz de nós testemunhas vivas, abre os tesouros celestiais e nos estabelece como cabeça. Que essas promessas sejam fontes de encorajamento e confiança em nossa jornada de fé.

Que a paz do Senhor, que excede todo entendimento, guarde os vossos corações e mentes em Cristo Jesus.

Em amor e comunhão, pastor Elton Melo.

Autor: Elton Melo